Método UEPS: Último que Entra, Primeiro que Sai
Existem diversos métodos gerenciais usados atualmente, mas nenhum é tão conhecido como o UEPS — Último que Entra, Primeiro que Sai. Embora ele não tenha validade fiscal, devido a forma como o preço do estoque é calculado pela Receita Federal, sem dúvidas o UEPS ajuda na hora de organizar o estoque das empresas. Neste conteúdo, vamos explicar o que é o método UEPS, quais são suas vantagens e desvantagens, como e onde é utilizado e a forma de implementação. Continue lendo!
O que é o método UEPS?
Em resumo, no método UEPS a empresa visa vender os produtos que entraram por último no estoque — fazendo o oposto do método PEPS, que vende justamente os produtos que entraram primeiro.
Nesse sentido, o estoque pode ficar com uma ala “obscurecida”, onde os produtos mais velhos ficam alocados. Vamos ver um exemplo:
Suponha que uma empresa realizou as seguintes operações: fez uma compra de 20 produtos a R$ 15; mais tarde, realizou outra compra de 30 produtos por R$ 20; por fim, vendeu 35 produtos. Na hora de preparar a venda, os 30 produtos da última compra foram utilizados, mas somente 5 da compra anterior. O resultado, no estoque, é de 15 produtos restantes da primeira compra e nenhum da segunda.
Se uma nova compra for feita, ela terá prioridade de saída, o que significa que os produtos da primeira compra podem ficar muito tempo no estoque.
Quais as vantagens desse método?
Um dos principais motivos para problemas fiscais no UEPS é o modo como se calcula o lucro: no exercício anterior, houveram duas compras de produtos idênticos, mas de custos diferentes. Para a empresa, mesmo tendo vendido 5 produtos de custo menor, o que conta é o custo maior.
Ou seja, é como se os 35 produtos fossem vendidos com custo de R$ 20 cada, sem a divisão entre os preços. O lucro, por consequência, é menor, diminuindo também os tributos pagos aos cofres públicos — por isso não é aceito no Brasil.
Uma das vantagens desse método consiste na valorização natural dos produtos. Em algumas situações, manter um item estocado aumenta seu valor, por isso é interessante vendê-lo o mais tardiamente possível.
Quando o método UEPS é utilizado?
O método UEPS é utilizado quando não é interessante estocar produtos. Ou seja, no ramo alimentício, por exemplo, estocar produtos pode significar perder lotes inteiros de verduras e hortaliças.
Já na fabricação de vinhos, alguns produtos se beneficiam bastante desse intervalo entre a produção e venda; mas como a empresa nunca pode parar de vender, colocar algumas garrafas à venda, mesmo que recém-produzidas, ajuda a encher o caixa.
Além disso, uma empresa pode alternar entre diversos métodos de gestão, a depender do contexto em que vive. A escolha não é rígida, e essa flexibilidade é fundamental para um negócio de sucesso.
Como implementar o UEPS na sua empresa?
O primeiro passo para implementar o UEPS é através da delimitação de um estoque. Ou seja, você precisa ter um espaço físico para alocar seus produtos, e esse espaço depende do tamanho da sua empresa.
Após isso, há necessidade de estabelecer uma marcação serial dos lotes adquiridos, de modo a identificar quando ele chegou ao estoque.
Uma ótima forma de ter controle total desses processos é através da integração de dados, alocando todas as informações em ambientes virtuais para serem analisadas posteriormente.
Para o etiquetamento dos lotes, tanto QR Code quanto código de barras são opções excelentes. Afinal, o custo dessas tecnologias é baixo, mas o impacto na empresa é bastante alto.
Por que ter uma boa gestão de estoque é importante?
Agora que falamos sobre a importância da UEPS para as empresas, queremos reforçar um ponto muito importante: a gestão de estoque.
De fato, tanto a PEPS quanto a UEPS, métodos apresentados neste conteúdo, fazem parte da gestão de estoque. No fim das contas, a forma como você organiza seus produtos faz uma grande diferença nos processos de sua empresa, inclusive no faturamento.
Nesta seção, separamos 4 motivos para você investir em gestão de estoque.
Redução de custos
Uma gestão de estoque eficiente sempre traz redução de custos, e ela faz isso de duas formas: diminui o desperdício na estocagem; permite aproveitar as oportunidades que o mercado oferece.
Se o estoque for muito grande, naturalmente parte dos produtos tendem a não ser comercializável, tendo que ser descartada.
Já o custo de oportunidade é mais expressivo: às vezes o mercado oferece oportunidades de ouro para as empresas, mas somente as que têm caixa para o investimento conseguem um bom aproveitamento desses eventos.
Se muito dinheiro estiver parado no estoque, não há como tirar vantagem das oportunidades do mercado.
Planejamento de compras
O planejamento de compras só é possível quando a gestão de estoque está viva na empresa. Afinal, é preciso de dados para que ações com alto impacto sejam tomadas, como é o caso dos planejamentos.
Uma gestão de estoque ideal seria capaz de ter todos os dados necessários para o planejamento; esses dados incluem informações de diversos anos anteriores, facilitando na hora de encontrar padrões de mercado.
Somente o planejamento otimiza o estoque da empresa, comprando apenas o necessário para as vendas esperadas pelo negócio — e minimizando o desperdício.
Análise de tendências
Todos os mercados, por mais nichados ou abrangentes que sejam, apresentam tendências de consumo. Onde estão os dados para determinar as tendências? Justamente nos registros de entrada e saída das empresas.
Ao manter um registro afiado do estoque, sua empresa consegue se projetar à frente das demais e alcançar, através da inovação, uma vantagem competitiva importante.
Aumento de produtividade
Para encerrar este conteúdo, precisamos comentar sobre o grande aumento de produtividade que advém da gestão de estoque.
Ao antever os produtos que vão performar melhor, sua empresa consegue organizar o estoque de modo a facilitar o fluxo de envio dos produtos, agilizando as vendas e encurtando prazos.
Todas essas vantagens só são possíveis pelo uso de um software de gestão completamente integrado.
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